Poucos sabem o seu nome,
mas a verdade é que sem Sister Rosetta Tharpe não teríamos o rock como o
conhecemos hoje. Nascida em 1915, numa pequena cidade do Arkansas, Rosetta
cresceu entre campos de algodão e teve grande influência da espiritualidade
Batista, igreja que frequentava com sua família.
Aos seis 6 de idade,
assumiu o piano do coral da igreja e começou a mostrar os trejeitos que
marcariam sua carreira como artista: uma voz potente, ousadia no palco e muita
habilidade ao tocar. Com o passar do tempo, ela assumiu a guitarra como seu
instrumento favorito e logo começou a ser sondada por gravadoras.
Em 1938, ela gravou suas
primeiras músicas para a Decca Records, com o apoio da orquestra de jazz de
Lucky Millinder. “Rock Me”, uma canção gospel, se tornou um hit pela mistura de
ritmos. E, ainda que a ousadia de Rosetta não tenha conquistado o público
evangélico, ela alcançou grande popularidade na década de 1940 e conseguiu um
feito inédito: colocar músicas religiosas no top 10 da Billboard.
Como uma mulher negra,
suas conquistas eram impensáveis em um Estados Unidos segregacionista. Mas, ela
também não teve medo de confrontar os preconceituosos. Na década de 1950, ela
saiu em turnê com os The Jordanaires, composta apenas por músicos brancos — a
mesma banda que mais tarde trabalharia com Elvis Presley.
Com sua guitarra elétrica
e letras espirituosas, Sister Rosetta foi a influência de grandes nomes do
rock, como o próprio Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard, que abriu
alguns shows da cantora ainda na adolescência. Ela também foi citada como uma
heroína por Johnny Cash, em um discurso proferido pelo músico em 1992.
Aos poucos, a fama de
Rosetta foi ofuscada pela ascensão daqueles influenciados por ela. Antes de
encerrar de vez suas apresentações, em 1970, a cantora ainda se aventurou pelo
blues e participou de algumas turnês pela Europa. Sister Rosetta Tharpe morreu
em 1973, vítima de um derrame. Em 2018 ela foi reconhecida pelo Hall da Fama do
Rock ‘n’ Roll.
Para os que desejam conhecer um pouco mais sobre essa mulher afro-americana revolucionária, conhecida como a “madrinha do rock”, a Revista Bula disponibiliza abaixo uma playlist do Spotify, com 23 canções de Sister Rosetta. Para ouvi-la, é necessário possuir cadastro no aplicativo e realizar login. Há opção de assinatura gratuita.
Clique no link para ouvir: A história da mulher que inventou o rock
A história da mulher que inventou o rock publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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